top of page
o livro espantado

 

"Então eu era um grito. Uma imaginação.

Compraram-me como um intangível.

Eu estava no aplauso, estalando.

Eu estava no silêncio de taças inquebráveis.

Como um porcelanato eu me atirei

contra meus princípios – num precipício

estou caindo há 20 anos."

 

Para espantar o receio. Para espantar o frio. Para espantar o recalque. Para espantar a inveja. Para espantar a pereba. Para espantar o pileque. Para espantar o pití. Para espantar o estresse. Para espantar o baixo astral. Para espantar a preguiça. Para espantar pernilongos (...) Para espantar os monstros (do armário, debaixo da cama e do chuveiro com cortininha). Para espantar a fome. Para espantar todas as mazelas; a solidão. Para espantar o espanto. Pra bem longe. 

 

Abjuração com bom humor, ironia e laconismo que referenciam Clarice Lispector, Ana Cristina Cesar e Ângela Melim.

Jayro Schmidt

Dona de uma poesia singular, forte.

André di Bernardi

Não sou teórico da literatura, mas acontece que seus textos primam por um cotidiano de simulacro que é cocaína pura para cocainômanos. Não sou adito profissional, eu só tomo uma cervejinha de vez em quando, mas o efeito é o mesmo: boa literatura.

De um escritor que preferiu então se manter anônimo



 

Livros
bottom of page